Paulo Freire
Confesso
que já havia escutado esse nome por diversas vezes antes de
ingressar na Universidade Federal do Sul da Bahia, porém somente no
decorrer do curso com mais precisão. A Componente Universidade e
Sociedade por meio do “método freiriano” vem nos instigando à
formação do pensamento crítico, frisando como Paulo Freire retrata
em diversos livros que o processo de educação é um objeto em
constante transformação, e que nós, educandos, estamos inseridos
nesse seguimento.
Paulo
Reglus Freire, pernambucano, nascido em setembro de 1921, ingressou
na faculdade de direito em 1943, não exercendo a profissão.
Educador, pedagogista e filósofo, é retratado como o brasileiro
mais homenageado da história, de reconhecimento internacional, sendo
declarado em 2012 Patrono da Educação Brasileira.
Conhecido
em especial por seu método de alfabetização para adultos,
desenvolveu na sua “história” um pensamento pedagógico
declaradamente político.
Como
objetivo maior Freire visa conscientizar o educando, adaptando o
processo educacional de acordo à realidade que os rodeiam, com uma
visão inclusiva, sem qualquer forma de discriminação, exclusão ou
diferenciação, propondo dessa maneira um método educacional
altamente social.
Ao
ler pedagogia da Autonomia, uma de suas obras renomadas, pude
visualizar com mais clareza o universo de ideais freirianos.
Em
síntese, Freire destaca uma prática pedagógica fundamentada na
ética, no bom senso, na generosidade e no amor pela profissão.
Defende a ideia de que o educador deve respeitar a identidade de seus
educandos, não desvalorizando seus saberes culturais, bem como a
autonomia, ensinando com liberdade, sem perder sua autoridade, e
destaca que, ensinar não é uma mera transferência de
conhecimentos, mas, na verdade, a criação de possibilidades para o
seu desenvolvimento, e para isso faz-se necessário que o educador
seja comprometido e estimule em seus educandos a construção do
pensamento crítico.
Para
Freire, “Somos seres inacabados, não determinados; por isso, temos
o poder de mudar, de nos transformar e de transformar o mundo.” E
nesta visão, como cidadãos mais críticos, “elementos”
transformadores, que poderemos lutar indubitavelmente pelo bem comum.
BOCA DE LIXO DE EDUARDO COUTINHO
Documentário
rico em detalhes de como é a vida de catadores num lixão. O autor
retrata, com maestria, o desenrolar do cotidiano de pessoas
(Crianças, jovens, adultos, idosos) na tarefa árdua de coletar
alimentos, materiais recicláveis e outros objetos.
A
reflexão é inevitável, o vídeo nos faz sair da nossa zona de
conforto, e nos deparamos com a realidade nua e crua.
Pessoalmente,
faz muitos anos que estive em um lixão, já tinha conhecimento da
vida destas pessoas, mas não com tanta riqueza de detalhes.
Algumas
pessoas estão lá apenas por ironia do destino, outras por opção.
Algumas pessoas relatam que poderiam estar trabalhando em outros
lugares, mas ali estão por gostarem. Outras relatam que nunca
tiveram oportunidade de mudarem de vida.
Vale
salientar que se tratam de trabalhadores dignos, que labutam em
condições desumanas, mas são pessoas batalhadoras. Quantos de nós
teríamos a disposição, a força, a determinação e, o principal,
um sorriso no rosto naquelas condições? Esse é outro aspecto, as
pessoas ali, possuem a alegria estampada em seus rostos apesar de
viverem em situações tão precárias.
ILHAS DA FLORES DE JORGE FURTADO
O
filme retrata uma situação corriqueira e degradante em vários
locais do País. A situação de seres humanos, desprovidos de
dinheiro, tentando seu sustento em lixões pelo País.
O
capitalismo é criticado no curta metragem, onde expõe a cruel
diferença entre o topo e a base da pirâmide econômica.
Na
base encontra-se uma grande porcentagem da população, que, por não
possuírem posses, alguns se agrupam nos lixões coletando materiais
que são descartados pela outra parte da população, que julgou não
necessário aqueles itens (o lixo).
Chocante
são as imagens onde essas pessoas são preteridas até na escolha do
lixo, onde porcos possuem prioridade. Só após a seleção de parte
do lixo, que será utilizada na alimentação dos porcos, as pessoas
podem coletar os alimentos para sua utilização.
O
curta informa, inicialmente, que os seres humanos distinguem-se dos
demais seres, por possuírem um telencéfalo altamente desenvolvido,
dentre outros aspectos, o que lhe permite o raciocínio, a capacidade
de armazenamento de informações, dentre outros.
Após
assistir ao filme, me pus a pensar: Será que somos realmente seres
racionais?
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