FIES

Considerações Finais


Com uma visão inovadora e inclusiva, a UFSB vem iniciando sua história. Uma dessas inovações é, sem dúvida, o componente curricular FIES: Fórum Interdisciplinar experiência do sensível, o qual propõe o desenvolvimento do conhecimento em seus discentes, de modo criativo e crítico, buscando de certa forma, elementos de sensibilidade existente em cada um, promovendo discussões interessantíssimas em sala de aula.

A maneira de iniciar cada atividade proposta, me fez pensar o quanto deixamos passar despercebidos coisas do nosso cotidiano, fundamentais para nosso aprendizado e existência.
E é assim que finalizo esse quadrimestre, agradecendo a professora Fabiana, por ter sido mediadora dessa nova percepção de detalhes para construção da minha história de vida.
O campus Jorge Amado está vendo uma de suas belíssimas plantas murchar, para então, observá-la brotar no Campus Sosígenes Costa. A você professora Fabiana, os meus sinceros agradecimentos, e meus votos de felicidade e sucesso nessa  sua nova caminhada!!

 

Bandeira da Turma


Uma turma, formada por várias pessoas, de diversas etnias, credos e culturas diferentes. Como representar esse grupo, simbolicamente, através de uma bandeira? Não foi tão fácil! Uma bandeira tem esta finalidade: representar um grupo heterogêneo, por meio de uma imagem.
Para este desafio, utilizamos uma estratégia infalível: O diálogo. Primeiro escolhemos o número 11, pois este é o número de nossa turma na UFSB. Com esse ponto de partida definido, incluímos asas e pés ao nosso número. Esses elementos simbolizam a vontade da turma de ir além, de galgar novos caminhos, de ir mais longe, mas sempre com os pés no chão.
Ainda faltava algo, e pensamos em utilizar algum elemento que representasse as nossas origens, na verdade, a origem de toda a humanidade. Utilizamos a informação de que a humanidade nasceu na África, berço do Homo sapiens, então decidimos utilizar um tecido que fizesse esse link, sendo escolhido um tecido com estampa característica daquela região.
 
Abaixo segue a foto da nossa bandeira:
 
 
 

As sombras

Imagine começar seu dia observando a incidência dos raios solares em um determinado objeto e sua projeção baseado no desenho da rosa dos ventos. Parece meio louco, não?
Na verdade não. Foi dessa forma que iniciou a atividade sobre as sombras, proposta pelo componente curricular FIES.
A ideia era observar a formação das sombras de um objeto durante alguns momentos do dia em intervalos regulares.
Foi percebido, que logo ao amanhecer, o desenho da sombra encontrava-se mais longa, diminuindo gradativamente até “desaparecer” ao meio dia. No período da tarde, regressa, agora de forma crescente, porém com um detalhe importante, sua projeção não era de forma linear. Após estudo e discussão em sala de aula foi possível então entender tal fato. Seria portanto devido a inclinação da Terra relacionada ao seu eixo, que é em torno de 23,5º.
Abaixo fotos das sombras com seus respectivos horários:

 
6 horas
8 horas
 10 horas
 12 horas
14 horas
 16 horas
 
O estudo da sombra, da incidência dos raios solares, os movimentos de rotação e translação, a formação dos fusos horário, e a criação do primeiro relógio do sol foram os temas abordados durante a aula do dia 27 de novembro.
Posteriormente, sobre uma mesma ótica, refletimos sobre a aplicação e ausência da luz no nosso cotidiano, usando como exemplo a tão utilizada máquina fotográfica. Sobre a ausência ou melhor redução da incidência da luz solar, debatemos sobre uma patologia denominada TAS, Transtorno afetivo Sazonal, também conhecida como depressão de inverno.
Sobre uma reflexão de como seria nossa vida sem luz, foi proposta uma dinâmica “cabra-cega”, na qual eram vedados os olhos de um participante, enquanto o outro o guiava através de comandos da fala, por entre obstáculos colocados na sala.
A impressão passada pelos colegas de olhos vedados era de receio, de medo do desconhecido. Dessa maneira então, pudemos vivenciar mesmo que de forma rápida e ilusória como seria nossa vida na ausência de luz.

 


 
 

 
 
 
 

 
 

 

 

Dia da Consciência Negra

 
Milhões de pessoas, de variados países do  continente africano, durante alguns séculos foram trazidos ao Brasil como escravos, posto que os negros eram valorizados apenas por sua condição física, sendo considerados como uma 'raça inferior' aos brancos.

Vale ressaltar que desde o início da nossa história, os negros nos influenciam com suas heranças culturais, sendo de fundamental importância na formação da sociedade brasileira.


A abolição da escravatura surgiu apenas em 1888, todavia os negros sempre lutaram e resistiram à opressões e injustiças provenientes da escravidão.
 
O dia da consciência negra, comemorado no dia 20 de novembro em homenagem a Zumbi dos Palmares, é de fato uma data que nos faz refletir sobre a importância do povo africano na formação da sociedade nacional.
 
No sentido que devemos valorizar os elementos éticos e culturais na educação, essa componente curricular, nos instiga a meditar de maneira crítica, de forma que me põe a pensar: Têm-se um determinado dia do ano para reflexionar sobre as conquistas que os negros obtiveram, relacionado ao seu passado de injustiças, mas na realidade tem-se todos os outros dias do ano, para continuar a luta contra a anulação das ainda existentes.
Mais importante do que um dia para refletir, é a conquista real da igualdade tão falada, mas ainda incipiente na sua execução. O que se espera é o fim da hipocrisia e o início de um novo tempo, tempo este em que todos formem uma nação, uma sociedade. O que vemos ainda são as ações embasadas no "politicamente correto" e não no consciente.
A meu ver ainda existe uma visão ilusionária com relação a democracia social no nosso país, em razão das inúmeras notícias que ainda demonstram o abismo que separa os ditos "brancos" dos "negros". Isso ainda nos envergonha!
                                                             

 
"O Sonho da igualdade só cresce no terreno do respeito pelas diferenças." Augusto Cury

concerto

 A proposta dessa atividade era gravar o som de um animal, descrever seus hábitos, territórios e transmitir para o grupo em sala.
O animal foi escolhido pela sua excentricidade. As Hienas são animais carnívoros, habitantes das savanas e florestas, de hábitos noturno, embora também desenvolvam atividades durante o dia. Uma pesquisa realizada por cientistas nos EUA, publicada na revista científica BMC Ecology, retrata que “a risada” das hienas tem o poder de identificá-las nos seus grupos com relação as demais, concluindo que, notas emitidas por elas, com suas variações pode ser utilizada para diferir suas posições hierárquicas, bem como indicar sua idade.
 Segundo Nicolas Mathevon, responsável pelo estudo, “esta é uma sociedade muito complexa de animais noturnos, então a acústica é um canal importante de comunicação entre eles.”
 A dinâmica da produção de onomatopeias em sala, nos permitiu aprender de uma forma diferenciada ampliar nossa percepção auditiva, explorando os diversos tipos de sons emitidos, possibilitando-nos compreender acentuadamente através da prática sobre a importância dos sons na comunicação dos seres.
 
 
Fontes: http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,hiena-usa-risada-para-se-identificar-em-grupo-diz-estudo,369719http://www.cienciahoje.pt/index.php?


 Sobre a continuação da aula “concerto”, a discussão deu início com o questionamento a respeito da forma de se comunicar dos animais, será que eles têm linguagem própria? 
  Ao meu ver a comunicação animal é inata e limitada, apenas se comunicam para expor suas necessidades básicas de sobrevivência de forma instintiva.
 No documentário da BBC “A linguagem humana” exposto em sala a impressão que tive é que apenas nós seres humanos somos capazes de falar, tendo portanto os animais a capacidade de se comunicar por meio dos sons, evidenciando o meu pensar.
 E quanto a nossa linguagem, ela é inata ou adquirida?
 Esse foi um dos outros pontos de discussão. Foram realizadas inúmeras pesquisas na área segundo o documentário assistido, porém ainda existe de fato muitas incógnitas sobre esse assunto.
 Dentre uma das pesquisas relatadas, foi exposto sobre a descoberta do FOX P2 no cromossomo 7 que segundo os cientistas são os genes responsáveis por articular nossa musculatura facial nos propiciando comunicar através da fala.
 Muito temos ainda a pesquisar sobre o assunto para que possamos chegar a um pensamento mais concreto a respeito da comunicação e da linguagem humana.

 Após a discussão desse documentário como forma de aprendizado dinâmico, fizemos a atividade do “telefone sem fio”, onde a palavra escolhida por um dos membros do grupo teria que ser transmitida através de gestos aos demais. Foi um método engraçado, divertido e ao mesmo tempo, de uma importância visível. No decorrer da “brincadeira” foi perceptível que os gestos sofreram modificações, contestando portando a comunicação inicial.
  O que pude perceber com tal atividade é que de fato somos dependentes por demais da fala para a comunicação no intuito de transmitir aquilo que realmente desejamos.
 

Diário sonoro



  A partir da 21ª semana de gestação, o feto começa gradativamente a ouvir. Surge então o universo sonoro.

Os sons que podemos distinguir costumeiramente são variados. Há aqueles desorganizados, desestruturados, de comunicação truncada que chamamos de ruídos e os mais belos sons harmônicos, constantes, regulares e sonoros. Esses sons organizados regularmente, combinados a ritmo, constituem uma forma de arte, denominado música.



 A música identifica cada ser humano, nos seus diversos ritmos. Possibilita ampliar a comunicação, relembra experiências vivenciadas pelo indivíduo, permite expressar sentimentos, enfim. Atualmente existem vários estudos que relatam o fundamento terapêutico da música através de ondas sonoras que se reportam ao cérebro, estimulando-o.



 O som de fato exerce muita influência sobre nós, seja na linguagem, na identificação de culturas, de povos, de religiosidade, de pessoas, dentre outras.



  Este assunto abordado pela componente curricular FIES, “o som”, nos remete há um outro pensar;  No nosso cotidiano, nós ouvimos ou escutamos mais????



Para o neurologista auditivo, Seth S. Horowitz,Ouvir algo, segundo ele explicou num artigo publicado no New York Times, é uma ação passiva, consequência do nosso sistema auditivo, que capta involuntariamente os sons à nossa volta numa reação a estímulos externos que acontece mais rapidamente do que qualquer outro sentido. Já escutar é uma ação ativa, pois requer foco.”



 Ao refletir sobre o assunto percebi que ouço demasiadamente quando deveria  escutar. Os motivos para tal atitude são inúmeros, desde a correria do dia-a-dia ao esgotamento físico-mental (sobrecarga de informação). A dinâmica apresentada contribuiu de forma significante para o aprendizado entre ouvir e escutar de maneira diferenciada, nos despertando para a compreensão dos sons que perpassam por nossas vidas habitualmente de modo imperceptível.

A proposta desta atividade era gravar em seis momentos diferentes do dia o som do local onde nos encontrávamos com a finalidade de analisar posteriormente e transcrevê-lo.

Dia 04/10/2014
-Ao acordar pude ouvir o vento ao adentrar pela janela, carros transitando pela rua, e o cantar suave dos pássaros.
-Durante viagem foi possível escutar o som do motor do automóvel, o vento forte ao ultrapassar outro veículo além de música.
-Já chegando em Vitória da Conquista o som produzido pelos carros de propaganda, o cantar dos pássaros e a televisão foi o som que pude ouvir no terceiro momento.
-Por volta das 17 h, um quarto minuto foi gravado, e neste escuta-se o canto do Bem-te-vi entrelaçado aos sons dos motores e buzinas de carros e motocicletas além de conversas dos vizinhos.
-Nesse outro momento pude identificar a voz do meu sobrinho e do meu pai, a hélice do helicóptero de brinquedo, o som das teclas do computador, músicas e televisão.
-Ao final do dia, gravando o último minuto percebi com clareza o latir dos cachorros, a voz do vizinho e o estralar de vidros ao toque.

Dia 05/10/2014
-O cantar dos pássaros, o ranger da cama de madeira e a voz da minha mãe foi o primeiro som ouvido no dia.
-Em um outro instante, ouvi pessoas conversando, o apitar de máquinas (urna de eleição), o vento forte de um dia frio, toques de aparelhos celulares.
-O terceiro momento desse dia, passeando por um sítio pude ouvir o cantar de galos, latido dos cachorros, o balançar das folhas das árvores, músicas variadas e vozes dos meus familiares.
-Retornando para casa pude ouvir apenas o “roncar” do motor do carro, e o canto da minha sobrinha, que por sinal a meu ver, foi o som mais apreciável do dia rsrs.
-Ao chegar em casa, o estourar de fogos de artifícios “reinava” diante do som da televisão.
-Finalizando, ao me deitar, percebi sons incríveis da natureza como o canto dos grilos, a chuva e o vento.
 

Folhas ao vento

A dinâmica utilizada para a atividade “folhas ao vento” nos permitiu consultar e expressar conhecimento, partilhar ideias com os demais, e posteriormente expor através da arte o aprendizado obtido.

O cacaueiro, planta escolhida para o exercício, é muito encontrada na nossa região. Também conhecida como “alimento dos deuses” desde tempos remotos, possui folhas de forma elíptica, largas e pendentes, de aproximadamente de 15 a 25 cm de comprimento e 10 cm de largura, dispersas de modo alterno e espiral nos seus ramos verticais e alternas e opostas nas laterais.

 Muito utilizada na medicina por seu efeito estimulante sobre o sistema nervoso e antioxidante, com ação positiva sobre o sistema cardiovascular; na culinária, é de grande importância na fabricação de doces, bebidas, dentre outros de conhecimento geral.

 
Abaixo o desenho da folha do cacaueiro:  
 

                                       
 

 

Dinâmica de grupo:

                                        
Tivemos de apresentar por meio de teatro, em grupo, o que tínhamos assimilado do vídeo assistido na aula, tal conhecimento adquirido. Foi cômico, porém prolífero. Pudemos entender de forma sensitiva a importância das plantas em nossas vida.
 

Água

Elemento de valor inestimável considerado de suma importância para a manutenção da vida humana. Visto que nosso organismo é composto por mais de 70% de água, pode-se dizer que somos totalmente dependentes desta, para manutenção  do nosso ciclo biológico. O Brasil é considerado um país privilegiado, concentrando a maior reserva de água doce do mundo.
  Em razão do mau uso desse recurso, o desperdício vem sendo uma constante problemática. Segundo estudiosos é estimado uma perda de mais de 70% de água no Brasil, sejam elas por falta de orientação da população, ou perdas técnicas nos serviços de abastecimento. O desmatamento e a poluição dos rios vem tomando grandes proporções. O Rio Cachoeira em nossa cidade é uma realidade de contaminação hídrica, comprometido na qualidade da sua água e de sua biodiversidade. Apesar  do seu avançado estado de poluição, muitas famílias ribeirinhas ainda obtém desse rio o seu sustento,  acarretando um extenso  problema de saúde pública.
   Através dessa experiência podemos perceber a importância desse recurso em nossas vidas de maneira diferenciada, assistindo documentários, por meio de discussões em sala e  na composição uma maquete da bacia hidrográfica do rio Cachoeira.

                                    
                                     

 
A cor da terra

Terra...solo onde caminhamos, planeta em que habitamos, pátria, local, região, campo, terreno, enfim, palavra com variados sentidos na língua portuguesa capaz de nos fazer refletir em todos eles de forma diferenciada.
 
Discursar sobre essa temática, nos permite tanto viajar ao passado, relembrando momentos marcantes de nossas vidas, quanto ao presente onde vivemos disputas e conflitos por território e exploração insustentável desse nosso recurso natural, fatos estes lamentáveis.
 
O pensar sobre a terra nesse exercício, refere a um valor representativo que de modo subjetivo atribuímos ao nosso local de origem. A troca de experiências, sobre fatos marcantes vivenciados por cada um, contribuiu de forma significativa para o aprimoramento do conhecimento sobre o tema .

Abaixo um poema em homenagem a minha terra: 
Minha Terra amada,



de nome redundante,




de pessoas brilhantes

onde brinquei, chorei e sorri.

Preciosidade do sertão baiano,
Em que o tempo foi passando,
a vida modificando,
foi então que aprendi.

Terra minha, minha amada Terra,
Terra de encantamento,
berço da minha alma,
que não sai do pensamento.

Bate sempre uma saudade,
uma vontade jamais esquecida,
de voltar e ser feliz,
para  Vitória da Conquista.
 


 

2 comentários:

  1. Lindo Dani! Obrigada pelas palavras! Amei estar com vocês e espero me fazer presente ainda na vida de vocês!

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