LTS

 JORGE AMADO 

Abaixo o link dos slides apresentados em grupo no seminário de LTS.
 
 
 
 
 A componente LTS a cada dia vem nos fazendo aprofundar nos conhecimentos, orientando-nos quanto a realização de pesquisas, estudo e compreensão. Essa pesquisa tem como objetivo retratar a vida e obra de escritores de renome como Mia Couto, Milton Santos e Marcos Bagno.
                 
                                                                               

Mia Couto

 
 Antônio Emílio Leito Couto, ou simplesmente Mia Couto, é um escritor moçambicano, professor, jornalista e biólogo, chegou a estudar medicina, ocupa uma cadeira na academia brasileira de letras como sócio correspondente, foi ainda colaborador na luta pela independência de Moçambique, e na elaboração do Hino Nacional. Autor de dezenas de livros, traduzidos em diversas línguas, foi o vencedor em 2013 do prêmio Camões, dentre outras inúmeras e prestigiosas premiações nacionais .
 
  Ao pesquisar sobre Mia Couto, pude perceber sua originalidade ao escrever e descrever a raiz mundial, explorando a natureza humana na sua relação com a terra, numa linguagem extremamente rica e inovadora, que nos envolve em um ambiente fantástica de sonho, como se aquela história fosse “viva”. Mia couto é autor de uma “vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e a profunda humanidade”, como foi mencionado por um dos jurados do prêmio Camões, José Carlos Vasconcelos.

 
Abaixo segue links de uma entrevista dada por Mia Couto ao programa Roda Viva, onde o mesmo conta sobre sua vida e obra.

Milton Santos

 
  Milton Almeida dos Santos, baiano, nascido em 1926, bacharel em Direito pela UFBA, doutor em geografia pela universidade de Strasbourg e escritor de mais de 40 livros de reconhecimento internacional. Por sua contribuição em 12 universidades brasileiras e 07 estrangeiras recebeu título de Doutor Honoris Causa e o prêmio Vautrim Lud, considerado o Nobel da geografia, dentre vários outros títulos.
 
  Devido sua posição politica na época foi necessário se exilar na França onde recebeu inúmeros convites para lecionar em universidades de prestígio. Em 1977 retornou ao Brasil e somente dois anos após foi convidado pela UFRJ a professorar. Em 1983 ingressa na USP e 1995 na UFBA, de onde teria sido demitido por ausência durante a ditadura.
 
  Este geógrafo foi um dos nomes da renovação da geografia no Brasil, inovando de fato o pensamento geográfico. Suas obras definem-se por expor um pensamento crítico ao capitalismo e as teorias predominantes na ciência geográfica no seu tempo. Surgiu portanto dessa reflexão uma “Nova Geografia”, frisado pela crítica ao poder, com defesa do caráter social do espaço.
 
  Além disso foi um analista ferrenho em relação a globalização, fracionando-a de três formas: como ela é contada (lúdica), como realmente acontece (perversa) e nas suas outras possibilidades, indagando a ideia de uma outra globalização.
 
  Outra observação feita por Santos em suas obras, foi a análise a respeito do território, onde aborda a importância de estudar o lugar com relação a vida humana, lugar este que segundo Milton Santos é possível desembocar todas suas ações, suas vontades e seus medos, o espaço onde a história do ser humano se realiza de forma plena através das suas manifestações da  existência, sendo a geografia capaz de mostrar os dramas do mundo.
 
  Faleceu em 2001, aos 75 anos, vítima de complicações acarretadas por um câncer, deixando como legado obras, artigos dentre outras atividades, que foram um marco na ciência geográfica brasileira.
 
 

Marcos Bagno

 
 Mineiro, nascido em 1961, é considerado como um dos maiores linguísticos brasileiro, doutor em filologia e língua portuguesa pela USP, professor adjunto ao departamento de Línguas Estrangeiras e tradutor na Universidade de Brasília e escritor.
 
 Cientista da linguagem, Bagno se opõe aqueles que de certa forma oprime o outro pela maneira de  falar, de se expressar, relatando que essa forma é apenas uma desculpa utilizada por algumas pessoas no intuito de excluir, discriminar outrem. Em um de seus livros “preconceito linguístico” Marcos Bagno, refere que “erros” de português não existem, o que há na realidade são variações linguísticas, formação do falar que se constroem de acordo com o uso das palavras no decorrer do tempo.
 
  “A ideia de “erro” na língua é pura convenção social; não tem nada a ver com o funcionamento da língua propriamente dita” diz Bagno a revista do Instituto Humanista Unisinos.

  Ele defende o ideal do direito individual de cada povo de se expressar da forma que lhe convêm, apoiando-se em sua cultura e seus costumes. “A multiplicidade deveria ser valorizada como são valorizadas as outras riquezas culturais que nós temos. Cada povo, cada região tem a sua maneira de falar e isso deveria ser considerado uma riqueza do nosso patrimônio, e não um problema...” explica Bagno em entrevista ao Diário Online do Pará. O que importa de fato na sua  visão, é que através da comunicação possa haver entendimento da ideia que se pretende passar pelos interlocutores.
 

 
 

Música " língua"-Caetano Veloso

 
A música de Caetano me remete às seguintes conclusões: Quão rica é nossa cultura! Quão diversa é nossa língua!
O nosso pluralismo é o que nos define, e Caetano, com uma perfeição ímpar, descreve como ninguém este pluralismo na música “Língua”.
A “língua nordestina”, a “língua sulista” e outras variantes, compõem a língua geral: língua portuguesa brasileira. Denomino língua portuguesa brasileira devido a diferença marcante em comparação a língua “mater” portuguesa, ao passo que já deveríamos nominar nossa língua de outra maneira. Que tal “língua brasileira”?
Os diferentes sotaques, palavras que possuem diversos significados, Caetano retrata na sua música todo esse mundo linguístico brasileiro e que nos leva a refletir sobre cada significado destas palavras.
“Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões” a música começa com esta frase, e o que depreender deste trecho? Aqui ele retrata as línguas portuguesa do Brasil e portuguesa de Portugal, onde Luís de Camões nos leva a variante portuguesa falada naquele País e “minha língua” a nossa língua.
E assim ele segue, com uma profusão de palavras com diversos sentidos, nos fazendo viajar nesse mundo chamado língua portuguesa.

 

O gigolô das palavras




Veríssimo expõe o texto de maneira simbólica e satírico, fazendo uma similitude com a intimidade que o mesmo possui com a gramática. Defende a língua portuguesa de uma maneira que ela não nos faça escravo de suas regras, que não necessariamente precisamos nos ater a regras gramaticais para a comunicação com o mundo, apenas necessárias  na compreensão da língua para que haja comunicação. A linguagem na visão do autor é de uma diversidade cultural, a qual deve ser respeitada e valorizada, tendo de ser disseminada com clareza, compreendendo e nos fazendo compreender por meio do linguajar próprio.



 

Literatura de cordel


 Retratada como mais complexas manifestações culturais no Brasil, o cordel, literatura popular com modalidade de poesia impressa, clamadas com o acompanhamento de uma viola, teve seu início registrado no século XVI sob a influência dos espanhóis e portugueses.
 De estrutura narrativa, compostas por versos e expresso em pequenos folhetos de papel simplório e capas singelas, ilustradas com xilogravuras, expostos em cordas dando origem ao nome. Essas poesias diferenciadas retratavam a essência cultural tradicional da região, histórias surrealistas, perfil de figuras ilustre, repentes, duelos, fatos reais, enfim, era a “mídia” popular da época.
 Leandro Gomes de Barros, precursor do cordel brasileiro, riscou suas rimas no sertão paraibano, dando origem a famosas obras como Donzela Teodora, Suspiros de um sertanejo, dentre outros. Na nossa região temos o Minelvino Francisco Silva, poeta popular cordelista reconhecido nacionalmente.
 
Abaixo um fragmento do livreto do Minelvino Francisco Silva “A mulher de sete metros que apareceu em Itabuna.”

“Vou contar uma história
Da região grapiúna
Pra moça velha e rapaz
Que mora nesta comuna,
Da mulher de Sete Metros
Que apareceu em Itabuna.

Diz o povo por ai
Que a meia noite não saia
Que está aparecendo
De Itabuna até a praia
Uma mulher com sete metros
Vestida de mini saia.

Dizem que é uma mulher
De cor assim: amarela...
Só com dois dentes na boca,
pois ela é quase banguela,
Não tem quem não se assombre
Ouvindo a risada dela.”   
Minelvino Francisco Silva   
http://www.ficc.com.br/memoria-ficc/minelvino-o-trovador/89-minelvino-francisco-silva biografia.html
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário